11 agosto 2012

Vampiros em Nova York – Scott Westerfeld

Fiquei impressionado quando vi o resumo da capa do livro. Não esperava que a arte da capa tivesse um acabamento fosco tão bom quanto essa. A ilustração, feita no Brasil, faz jus à obra de Scott Westerfeld, um escritor que está ganhando pouco a pouco a atenção da mídia e de milhões de pessoas com seus livros “aparentemente” para adolescentes.
O primeiro livro (“Vampiros em Nova York os primeiros dias“) segue uma narrativa em primeira pessoa, contada por Cal Thompson, um universitário que descobre estar com um parasita. Ele não desenvolve a doença que os outros infectados sofrem, virando apenas um portador. Ganha todas as vantagens e habilidades que o parasita cede para ele e quase nenhum dos pontos de negativos da doença que costuma transformar as pessoas em canibais sedentos, em outras palavras, o parasita o transforma em um vampiro. O primeiro livro fecha um arco, o segundo (“Vampiros em Nova York os ultimos dias“), embora um pouquinho diferente do primeiro, introduz novos personagens e adiciona mais elementos à história, sob o prisma de uma banda em meio ao silêncio que precede o caos. Cal tenta buscar mais detalhes de quem o infectou, sobre sua linhagem e se depara com diversas coisas inesperadas.
Os vampiros do livro, chamados de Peeps, são contextualizados em um cenário urbano atual. Westerfeld usa fatos históricos, de biologia e medicina para suportar sua versão de vampiros, mostrando uma visão mais decadente, embora também poderosa dos seres da noite, com ambientes sombrios que lembram as vielas escuras de Watchmen e Blade Runner, refletida nas descrições dos bandos de ratos que acompanham os vampiros, os túneis sombrios e imundos. O mais interessante é pensar que tudo isso é apenas ao cruzar um prédio abandonado, uma viela escura ou um alçapão enferrujado bem no meio da cidade. Ele intercala tudo isso com o dia-a-dia da investigação de Cal para evitar que outros infectados espalhem a doença por toda a cidade.
A história é recheada de descrições, ora sarcásticas, ora tristes, com divisões de capítulos com detalhes nojentos, porém nada menos que a verdade, de algum parasita, para provar que os humanos e os parasitas coexistem desde o início dos tempos e não podem viver separados.
Dessa série realmente vale a pena comprar as versões nacionais, extremamente inovadora em sua proposta, portanto merece estar no top 10. Em breve farei uma resenha mais detalhada dos dois.
                                                                By: Ana
                                                                           

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